FLUIDOTERAPIA
A fluidoterapia
veterinária consiste em um procedimento em que é feita a administração de fluidos pelas vias oral, intravenosa e subcutânea. Envolvendo as etapas de
reanimação, reidratação e manutenção do paciente.
O procedimento
é muito utilizado para solucionar casos de desidratação nos pets.
Conhecer essa
técnica é importante pois grande parte do corpo dos cães e gatos é composta por
água. Então, quando há redução nesse volume, mesmo que de forma mínima, os
animais podem apresentar sinais de desidratação.
Em situações de desidratação extrema, a tomada de decisão precisa ser rápida. Mas, de forma alguma, os tutores devem tentar resolver por conta própria. Então, é importante que o procedimento seja realizado por um médico veterinário, profissional apto para avaliar e indicar a melhor forma de ser realizada.
Quais os sinais de
desidratação nos pets?
Antes de optar pela
fluidoterapia veterinária é preciso investigar a causa primária que causou a
desidratação. Assim, será possível escolher a técnica e a via pela qual será
administrada.
Existem algumas
maneiras simples de saber se o cão está desidratado. Uma delas é avaliando a
pele do dorso. Quando a região é puxada, deve voltar rapidamente para a sua
condição inicial. Se ocorrer o contrário, é um indicativo de que algo não vai
bem.
Outra forma de
realizar a verificação é apertando a gengiva do animal para que o sangue
circule naquela área. Após deixar de pressionar a região, em animais saudáveis
ela volta a ficar vermelha nos primeiros dois segundos iniciais. Caso não
ocorra, também é um indicativo de desidratação no pet. Aliás, quanto mais tempo
demorar para a gengiva ou a pele voltar ao seu estado normal, maior será o
nível de desidratação do animal.
Existem outros
sinais que indicam a desidratação em cães. Quando o pet apresenta grau de
desidratação maior de 5% é possível notar:
É importante frisar que a administração de líquidos em excesso não reverte o caso de desidratação. A entrada de muitos fluidos no corpo do pet de maneira errada pode até agravar o quadro clínico.
A perda de liquido pode acontecer
pela respiração, suor, aumento da temperatura corporal, hiperventilação,
atividade física, entre outros fatores
Então, existem alguns cuidados
importantes para prevenir que os pets passem por estas situações. A principal
delas é manter o animal afastado do sol quente e de alimentos estragados. Estes fatores podem causar complicações alimentares
levando o animal a ter vômitos e diarreias. A higienização do local onde os
animais ficam, também é muito importante para evitar contaminação por vermes,
bactérias e parasitas.
Líquidos utilizados na
fluidoterapia
Os líquidos empregados na fluidoterapia
são classificados de acordo com o tamanho molecular e permeabilidade capilar,
osmolaridade ou tonicidade, e função pretendida. De acordo com o tamanho
molecular e permeabilidade capilar as soluções podem ser classificadas em
colóides ou cristalóides. As cristalóides são as mais empregadas na
fluidoterapia, consistem em uma solução à base de água com moléculas pequenas capazes
de entrar em todos os compartimentos corpóreos. Já as soluções colóides são
substâncias de alto peso molecular, com permeabilidade restrita ao plasma. Os
colóides atuam principalmente no compartimento intravascular.
Tipos de fluídos que podem ser
administrados:
Ringer com lactato de sódio: é uma
solução isotônica, cristalóide, com composição semelhante ao LEC, pH 6,5,
utilizada para reposição.
Ringer simples: tem características
semelhantes ao ringer lactato, porém não contém lactato, também é utilizada para
reposição. Contém mais cloreto e mais cálcio que outras soluções, tornando-a
levemente acidificantes (pH 5,5).
Solução NaCl a 0,9% (soro): é uma
solução cristalóide, isotônica, utilizada para reposição, não é uma solução
balanceada, pois contém apenas sódio, cloro e água. É acidificadora, sendo
indicada para pacientes com alcalose, hipoadrenocorticismo (por aumentar
reposição de sódio), insuficiência renal oligúrica ou anúrica (pois evita
retenção de potássio) e hipercalcemia (pois não contém cálcio).
Solução de glicose a 5% em NaCl a 0,9%
também é chamada de solução glicofisiológica, solução cristalóide utilizada
para reposição.
Via intravenosa é a mais comum via de administração
de fluídos.
Velocidade de administração
Assim que estabelecido o volume a ser
administrado, deve-se calcular a velocidade ideal de administração. Os vários
tipos de sistemas ou aparatos de administração de fluido e de dispositivos de
conexão propiciam uma considerável flexibilidade na administração intravenosa
de fluído. Vários conectores de saídas múltiplas permitem a infusão simultânea
de soluções compatíveis por meio de um único cateter. Todos os sistemas de
administração apresentam uma câmara de gotejamento no equipo que permite
estimar a taxa de fluxo. Dependendo da marca, o tamanho das gotas é calibrado
de modo que 1 mL = 10, 15, 20 ou 60 gotas. Equipos são calibrados para 10 a 20
gotas por mL.
A taxa de fluxo é controlada pela
compressão ou liberação da braçadeira reguladora do equipo intravenoso, ao
mesmo tempo em que se observa e conta o número de gotas. A taxa de
administração de fluído também pode ser controlada pelos reguladores de fluxo
de equipo ou, mais corretamente, pela bomba eletrônica de fluídos ou por
controladores de taxa de infusão. Essas bombas envolvem um mecanismo de
peristalse contínuo que libera fluído continuamente, em uma taxa constante. As
bombas mais modernas podem ser configuradas de acordo com a necessidade do paciente,
podem também ser reguladas para emitir um alarme de oclusão, em função dos
valores pré-estabelecidos.
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Fonte: www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/fluidoterapia_peq_anim.pdf
http://www.revistaveterinaria.com.br/fluidoterapia-veterinaria-em-casos-de-desidratacao-canina/