Hipotermia em animais em situações cirúrgicas: O que é, causas e como preveni-la.
O QUE É HIPOTERMIA?
A hipotermia é a diminuição da temperatura do corpo abaixo da normotermia. Pode ser consequência de exposição ao frio sem proteção, falha de mecanismos reguladores da temperatura interna, ao efeito de fármacos e procedimentos cirúrgicos/anestésicos, colocando em risco a saúde ou sobrevivência do animal.
A hipotermia é considerada em cães a gatos em torno de 32º graus, já que sua temperatura normal é um pouco acima dos humanos, em torno de 38° graus, porém, quando a temperatura baixar de 35º graus já é um sinal de alerta.
CAUSAS DE HIPOTERMIA:
Além dos citados acima, hipotermia pode se dar também devido a outros fatores, como:
– Temperatura ambiente muito baixa (inverno, umidade, vento, frio)
– Termorregulação prejudicada como em neonatos (filhotes), animais idosos, animais com hipotireoidismo (disfunção da tireoide) ou disfunção do hipotálamo.
– Animais doentes, debilitados ou com lesões extensas favorecendo a perda de calor.
– Animais muito pequenos.
– Pouca gordura corporal e baixas reservas de açúcar como animais com hipoglicemia.
– Idade muito avançada.
– Anestesias e procedimentos cirúrgicos.
HIPOTERMIA EM PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS E ANESTÉSICOS:
Os animais submetidos à anestesia para cirurgias passam por uma "vasodilatação", que permite que o sangue periférico se misture com o sangue central. Frequentemente, o sangue periférico é mais frio que o sangue central, resultando em uma diminuição da temperatura corporal.
Embora os animais sofram a maior quantidade de perda de calor imediatamente após a indução e durante os primeiros 20 minutos da cirurgia, a perda de calor começa imediatamente após a pré-medicação, porque sedativos e tranquilizantes deprimem o hipotálamo (o "termostato" do animal). Por isso, os especialistas sugerem que o aquecimento ativo deve começar imediatamente após a administração da pré-medicação.
A indução a anestesia pode causar uma rápida queda na temperatura corpórea, aumentando o risco de hipotermia. * Em pacientes submetidos a anestesias estudos demonstraram taxas de hipotermia de 83,6% em cães e 96,7% em gatos. Sendo muito mais comum em pacientes de pequeno porte e pacientes submetidos a cirurgias torácicas ou em casos de procedimentos mais longos.
O aquecimento ativo durante todo o procedimento cirúrgico é extremamente importante para os animais.
A hipotermia inadvertida perioperatória é considerada uma frequente e prevenível complicação cirúrgica. Se medidas preventivas não são tomadas,a hipotermia inadvertida perioperatória pode ocorrer em 50- 90% dos pacientes cirúrgicos. Estudos mostram que até mesmo hipotermia moderada pode resultar em complicações.
Deixar de aquecer ativamente os animais durante a cirurgia pode resultar em resultados negativos, como eventos cardíacos adversos, aumento na perda de sangue ou prejuízo na perfusão tecidual, o que pode levar a um aumento nas infecções do local cirúrgico.
É importante lembrar que pacientes anestesiados não conseguem autorregular sua temperatura.
Os efeitos da hipotermia são inúmeros e entre eles podemos destacar:
- Alterações coagulatórias
- Maior risco de infecção e subsequente atraso na cicatrização
- Maior tempo de recuperação
- Tremor compensatório, levando a uma maior atividade metabólica e maior demanda de oxigênio pelos tecidos, podendo resultar em hipóxia, acidose metabólica entre outras alterações
COMO PREVENI-LA:
A boa noticia é que a prevenção da hipotermia pode ser simples, segura e eficaz. Existem 2 formas de aquecimento: por condução (tapetes térmicos, uso de luvas aquecidas, etc) e convecção (sistemas de ar forçado).
QUAL A DIFERENÇA ENTRE ELAS?
Condução: aquecimento através de contato direto com a pele do paciente (apenas pequenas áreas são aquecidas)
Convecção: aquecimento através de ar aquecido diretamente na pele do paciente (toda a superfície corpórea do paciente é aquecida).
Comparativo:
QUAL DEVO UTILIZAR?
O aquecimento por ar forçado (convecção) tem sido o método preferido mais comum de aquecimento de pacientes cirúrgicos, por trazer maior conforto aos pacientes e tem efeitos benéficos em termos de diminuição de infecção da ferida cirúrgica e de complicações.
O aquecimento por ar forçado também trás maior segurança, menor tempo de recuperação, e conta com sistema silencioso.
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