USO DE GRAMPEADORES DE PELE NA PRÁTICA VETERINÁRIA
Os grampeadores de pele ganharam grande aceitação na cirurgia veterinária nas últimas décadas, sendo uma ótima opção para substituir o fio de sutura de nylon/polipropileno tradicionalmente utilizados, o grampo feito de aço inoxidável é seguro e prático. Trás agilidade na realização das suturas, e reduz significativamente o tempo cirúrgico, consequentemente diminuindo também o tempo anestésico.
Sua popularidade vem aumentando principalmente devido a alguns pontos como: Maior acessibilidade, Simplicidade em sua utilização, Facilidade na remoção dos grampos, Favorecimento na posição do bordos da pele e um melhor resultado estético.
A curva de aprendizado para a aplicação e remoção de grampos é considerada fácil, de maneira que, considerando seus benefícios, o grampeador para sutura de pele está se tornando uma escolha acessível e preferível dos médicos veterinários.
O GRAMPEADOR
Os grampeadores cirúrgicos de pele em sua maioria são produzidos em plástico, comercializados estéreis, contendo usualmente 35 grampos em sua carga, normalmente não recarregáveis, sendo indicado para uso único (descartável). Por ser produzido em plástico, o produto não é esterilizável. Seu uso é exclusivamente externo, (não podendo ser utilizado em órgãos) e destinado a animais de pequeno porte (ex: Gatos e Cães), não existindo estudos científicos comprovados que façam indicação a uso em animais de grande porte (ex: Cavalos e Suínos).
Os grampos são fabricados em aço inoxidável cirúrgico 316L, normalmente oferecidos em 2 tamanhos: "Regular" com larguras que variam de 4,8 a 6,1 mm e "Largo" (wide) com larguras que variam de 6,5 mm a 7,0 mm (fig – 1) – sendo que a altura dos grampos varia de acordo com cada fabricante.
Os grampos que a Tradevet trabalha, são do tamanho W (Wide), com as seguintes medidas: 6,9 mm largura x 4,3 mm altura. (fig. 2)
Fig.1: Exemplos de medidas de grampos.
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Fig 2: Tamanho grampos Tradevet.
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Embora existam vários modelos e marcas no mercado, a maioria deles possui uma parte de plástico (cartucho) transparente onde são armazenados os grampos, possibilitando a visualização do número de grampos restantes. (fig.3)
Todos os grampeadores possuem em sua parte frontal (cranial) uma seta ou uma marcação simples, que possibilita ao veterinário centralizar o grampeador diretamente sobre as margens da pele. (fig. 4)
Fig. 3 - Cartucho transparente para visualização.
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Fig. 4 - Seta de indicação.
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UTILIZAÇÃO DO GRAMPEADOR
O grampeamento da pele se dá através do aperto do "gatilho" (fig. 5) – recomenda-se utilizar (se necessário) uma pinça anatômica ou atraumática para melhorar a posição tecidual, elevando ligeiramente os bordas da pele durante a aplicação dos grampos. Ao apertar, o grampo é disparado e funciona como uma "garra", juntando as bordas da pele.
O principal problema enfrentado inicialmente pelo veterinário é quanto a pressão que deve ser aplicada para um adequado fechamento do grampo. Sendo que uma pressão insuficiente resultará em um grampo que ficará acima da pele, sem uma penetração adequada da derme, fazendo com que o grampo fique frouxo. E se for exercida uma pressão excessiva o grampo poderá se incorporar na pele durante o processo cicatricial. Como existem várias marcas de grampeadores e possuem diferentes recursos de manuseio, os veterinários precisam adequar a quantidade de pressão para aplicar em um determinado modelo.
Fig. 5 - Utilização do grampeador de pele.
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O uso do grampeador é indicado principalmente em locais do corpo onde a pele é mais espessa, pois, peles menos espessas favorecem com que os grampos não fixem de forma adequada, ficando mais “frouxos” e consequentemente interferindo na manutenção da aposição tecidual, influenciando na cicatrização adequada da ferida.
O grampeador de pele também podem ser utilizado para reforçar uma síntese convencional de ferida com riscos de deiscência ou incisões em que há intervalos maiores na sutura. Bem como em casos em que o paciente removeu alguns pontos, a ferida pode ser preparada com uma solução antisséptica, seguida pela aplicação imediata do grampos na pele. Em muitos casos, é necessária pouca ou até nenhuma sedação para aplicar alguns grampos de suporte sobre uma incisão com maior risco de deiscência.
O grampeador conta com uma enorme versatilidade de uso, podendo ser utilizado para fixar sondas, drenos, curativos, suturas e enxertos de pele.
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CICATRIZAÇÃO
Com relação ao tempo de cicatrização e a reatividade local pelo material de sutura, um estudo publicado em 1979 por Hess e colaboradores (Comparison of stainless steel staple and synthetic suture material on skin wound healing) Concluiu que feridas cirúrgicas em cães suturados com grampos é tão seguro e eficaz quanto a utilização de materiais sintéticos.
REMOÇÃO DOS GRAMPOS
Depois do período de cicatrização, os grampos são extraídos com o removedor de grampos (fig. 6), a ponta do removedor deve ser encaixada dentro do grampo e um movimento de "abre e fecha" é exercido no removedor (similar ao manuseio de uma tesoura) fazendo com que o grampo se abra e se solte de forma simples, rápida e indolor. (fig.7)
fig. 6: Removedor de grampos Tradevet.
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fig. 7: Movimento para remoção dos grampos.
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A aplicação de uma cola cirúrgica de cianoacrilato (VetBond®) ao longo de uma incisão grampeada, torna mais eficaz e melhora a estabilidade e a segurança dos grampos na pele. A cola forma uma ligação rígida do grampo e à superfície da pele, minimizando assim o movimento do grampo e possível rotação do mesmo. Aproximadamente em uma semana, a cola se fragmenta e não prejudica a remoção subsequente dos grampos.
Os grampeadores de pele comercializados pela Tradevet são produzidos em material de alta qualidade, e fabricados por empresa com anos de reconhecimento no mercado. Seu formato anatômico ajuda no posicionamento para aplicação dos grampos, facilitando a execução e efetividade do procedimento.
Confira a utilização do grampeador de pele:
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